quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Vida e morte.

Sabe, parece que tem algo de diferente por aqui.
Algo de estranho ou estragado,
algo de dor,
algo de resto.
No corpo e na alma,
de coisas que queríamos esquecer.

São tempos de vida,
tempos de intimidade remota onde não houve.
Não havia e tudo agora está nas mão de Deus,

do esquecimento.

Fatalidades a parte, o que mudou foi o tempo,
a idade e o bonde que já passou há anos.
O bonde do desejo.

Justo que na época tava atacado de alguma distorção de imagem,
não conseguia ler o fatal término das coisas não vividas.
Disso então elas tomaram um peso cabuloso.

Então da vida sobrou um corpo estranho, vazio e útil somente para os prazeres da carne.
De resto sobrou comida, sobrou as horas, sobrou a raiva de estar imerso em imobilidade absoluta.
Sobrou fumaça desse fogo que por si só se apagou depois de ter consumido tudo.

E a esse mesmo corpo estranho alimentei por alguns tempos.
Me ajudei a acelerar as coisas.
Como quando se senta no piano para tocar para um público que não se interessa pelo o que você poderia trazer, dá vontade de acelerar esse tempo só pra acabar mais rápido.
Acabar essa escuta perversa da fala infinita.

Terrível pesadelo.
Perda.
De uma hora pra outra aquele mundo que você conhece já não existe mais.
O convite já não é suficiente pra agregar e nem Natal se torna motivo de encontro entre as pessoas.

De resto ainda há um tempo a ser vivido.

E espero não machucar ninguém desse machucado aberto que já não sara mais sozinho.

Estamos todos em um carrossel em velocidades diferentes.
Temos que ser fortes.
Pois hora encontramos e em outros momentos,
o encontro já não vai ser mais possível.






segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Monólogo resolutivo 1

À sombra do maldito escondo uma carta,
um esconderijo,
daqui vejo tudo e todos me vêem escondido atrás de um alejão,
mas nada nem ninguém nunca é visto.

Nem eu nem o outro,
mas sim o torto,
em mim ou no outro,
mas sempre
o torto,
o feio,
o furo.

Manchete de jornal.




Nem coisa,

nem outra,

nem nada.





Um torto e só

Ele.



No noticiário sistêmico da inteligência idiota, chula, baixa...de frequências inferiores, rivalizantes.




Daquelas, barraqueiras travestidas de PHINA.


E nas facadas por debaixo da mesa,


das reações se faz um espetáculo mostrado pro mundo e apontado.



De cá já não respondo nada relativo a isso... a não ser o mesmo corpo ausente que já morto pro outro, FEDE.

Leproso, viado, filho da puta, histérico e louco.
Que mais vão usar pra dar nome àquilo que não se sabe, ou que se vê torto?

Pois o torto é o pau de quem fala merda dos outros (mesmo torto se tem prazer) e um ODE ao bom senso e à boa educação.
Assim como torto é o cú de quem caga na cabeça alheia.


Torto se faz no interesse de cada um,

muuuuuito individual de cada um...

que percebe de fora um lugar pra evacuar.

Incomodo logo existo?
Longe de minha pretensão ser assim... me montam uma capa no meu silêncio.
Me montam uma roupa e me botam de batom.
Apontam e riem dizendo, "que desconcerto"... justamente a partir do próprio desconcerto de quem ri



alto,





e pra todo o mundo ouvir.





A vida é díspar na sua gênese.

Nadar contra a corrente?

moi?

Deixei de ser naif com as coisas que me passaram. Já tenho sabedoria de vida.


Educar as pessoas a enxergar de fato?
Mimimi, a vida é mais que isso,
mimimi, vc poderia ser melhor,
mimimi não é bem assim,
mimimi porque você está me agredindo?

Háaaa, largo de vez isso. E largo feio.
Mimimi de cú é rola e tudo o que se passa é rasteira sem precedentes, pau no rabo com areia, brita e claro, sem lubrificante.

Largo isso pois sei que tentar iluminar pobrezas de espírito alheias pode roubar-te a alma.





As pessoas vão te usar pra fazer da realidade que vc apresenta, a loucura que elas montam em si mesmas, 




alguém já te falou? 

"cuidado que isso te inclui como objeto de distorção do outro" ? 





                                                                                     O MUNDO ESTÁ VIRADO




                       >Larga essa capa!<




O enigma vira máscara de uma identidade, quando desconfiada de um outro.

Não consigo me adaptar à falácia da finalidade política de fechar a cena, difamar, subverter a realidade, pedir o dna e parar a moto na br.

Tem gente que deve ter passado muitos anos de angústia negados em frente ao Ratinho, ao Faustão, Veja e ao 'pograma' da Márcia.

Mas que como mágica faziam todas se sentirem engajadas nas relações familiares da tela, que inexistiam em suas vidas reais.

Uma pena o espetáculo da vida alheia.

Ha que hacer un útero constante a la propria  muerte, siempre...


Se incomodo interesso e se interesso, mesmo que negativamente, sirvo de tela pra projeções e sirvo de massa pra moldes variados.

Sou argila do tempo ausente pelo visto, das costas ferinas da falácia.
E olha que o tema da festa era espinho?
E olha que o tema do show era humano?
Tinha carne viva ali, oportunidade de sobriedade.
Tinha ARTE VIVA ALI, suporte real para projeções. Oportunidade de crescimento.
Daqui rugia amarga  a dor nas costas, daí tinha o que?

Povo que gosta de praticar o amadorismo da língua e dos conceitos, a pobreza das relações humanas, a miséria das interpretações, a cegueira de si mesmo?
Bocas sujas, só.
Merda em metamorfose.

De fraco se vai a histérico, louco?
Claro, pois não. Desejas mais alguma coisa?
Me decifra ou te engulo, parece que é isso...
Ou me nomeia ou te destruo,
sem nenhuma sabedoria feliz,
acertiva,
colaborativa.

Bom, se louco, escuto isso sempre das ações mudas de cada filho da puta que insiste em cutucar-me pelas costas com seu pau ensebado de queijo.
Tem gente que come o prórpio rabo querendo comer o do outro.

A tomar no cú? que tristeza...

Sqn enfim, tomai feliz,
que não é a mim de fato que endereçam tanta resolução de vida, mas sim às proprias idiotias e insuficiências de quem me aponta o dedo.

 Deixem falar, deixem gozar até a morte de sua própria imagem, pois parece ser fato que algo de si morre ao investir num outro, tempo de vida e de subversão, um tempo longo de sacanagem, de suicídio.
Tempo.

Deixem esvaziar esse saco de ossos, catarse pode também ajudar de alguma forma.


Mas retiro meu corpo do anteparo da bala.


Me retiro, pois funciono em outro registro.




Afastar.


E encontrar um outro entorno e outra paisagem.


De velhas já tens o traço na carne, a náusea no estômago.


E há uma energia que deveria estar sendo empregada no amor, na vida.


Mas acaba,


esbarra as arestas num investimento alheio em se fazer parecer.



Bom tem gente que vive disso,

eu acho que acabo que vivo de tempos íntimos,

tempos infinitos,

tempos cautelosos,

tempos de observação,

de fragilidade, de sutilezas.



Mas sei que quando não estou presente acabo virando o que o outro monta.


Uma pena,  mas a amizade  se faz no que fica pro outro quando vamos embora da cena.


Se resta amor ela existe.


Se não resta Amor,


nem zelo,


nem gratidão,


nada existiu de fato enquanto estavam presentes as partes.


Um abraço aos que morreram na praia.


Pois se histérico hei de ser,


que me deixem ao menos fazer poesia


de minha própria vestimenta travestida de olhar do outro


e de minha cara borrada de distorções alheias.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CARTA 1 (Um nada observador)

Ei Amigo,

Engraçado, muito do que escreveu me fez pensar... Nesse meio tempo.
Meio / tempo...
Eu fiquei preocupado com algumas coisas... inclusive com um passado, com a opinião das pessoas e com algo que até hoje me massacra, o olhar do outro.
Preocupado com pai internado, gente precisando de ajuda e com minha vontade de invisibilidade. Termino sendo artista, ou suicida?
Acho melhor artista...mais até que sensato, mais até que coerente.
Mas ainda dentro de casa...
Mas ainda... vários "mas".
E acho que produzir tem me tirado a culpa. Aquela culpa do tempo vivido sem sentido. E parece que sentir hoje em dia é anormal, faz de pessoas comuns antenas do mundo.

Daquilo que dói do meu passado
                                                 

                                   parte




                                                        ainda




                                                                               vive...










Sonhos interrompidos sempre são chagas abertas,
desejos sem alcance,

fantasia tímida a percorrer os platôs de corte e acidez,
             os platôs de degeneração,
                       os platôs de competição,
         
                                    de comparação e de castração.

Platôs que nada ajudam a criação, muito menos a identidade.
Decodificá-los serviu de sutura pra muita coisa, mas ainda sim.









Um tempo parou.








Uma mão levantou pra tocar a nota,







só que







não desceu mais.









Soou feio aos ouvidos dos outros... e ainda soa.


Feio.


Já pensou como o silêncio as vezes ofende e como o feio é necessário ao belo? Sem ele o belo não existiria, sem a loucura a norma não existiria.
Nem homossexualidade nem a heterossexualidade vivem uma sem a outra, não existiriam. Sem a mulher, a amante não existiria. Dessa última ainda se pode escolher qual delas seria a bela, os papéis oscilam tanto hoje em dia, já não exemplificam nada. Mas pra todo belo há de ter um feio.


O que resta, arte?

Onde resta estar pra deslocar um sentido que arrebata o outro na expectação do que se diz, do que se toca?
Isso tudo diz da moral?
É permitido por ela?
E onde a ditacuja circula, na obediência dos valores impostos?

Não, isso também não ajuda. Não ajuda a identidade nem a criação. Indentidade é ferramenta que temos pra pertencer em sociedade, naquele grupo que admiramos.

Mas quais são as regras do jogo? =/
Elas zelam pela sobrevivência subjetiva?
E eles, pela sua individualidade?

 Você sabe que caminhar sozinho as vezes é a via da verdade. Amar sob o olhar do outro também o é. 

Ainda resta um meio tempo.
Em mim.
Que dialoga com um tanto de coisas que so daqui uns anos vou poder dizer, ou daqui a pouco.
Ou ja tenho dito.
Mesmo que em palavras pretas, letras feias e frias, o nome desse lugar que busco desde os seis anos e que em um momento foi uma coisa, em outro foi outra e agora tem optado por não ser mais nada.
Me procupo com isso. Desisti do olhar do outro.
Do olhar automático e domesticado do outro.
Do olhar de resistência e de nomear do outro.

Desisti e nisso me falto.
Nisso sou invisível.

E no invisível não há belo nem feio.

No invisível tudo há de além...

e nada além de um nada observador.

domingo, 29 de julho de 2012

A Poca Lips

Venho pedindo a Deus explicação pra cena em que o presente se encontra, pra onde as falas agressivas das pessoas vão. Me tornei cego e surdo, desde essa última tentativa de amor. Um amor que ainda pulsa em arrependimentos e desejo de que nada disso tivesse acontecido. As pessoas só sabem daquilo que elas querem saber, daquilo que é mostrado de forma rasa. Tem gente que ama de forma rasa, acredita de forma rasa, até onde a conveniência delas pede pra ir. Na verdade até onde elas, de fato, conseguem ir na realidade em volta delas. Tem gente que cresceu aprendendo a ser brilhante, naturalmente brilhante. Tem gente que cresceu aprendendo a ofuscar o brilho do outro. Estes não se enxergam por despenderem atenção exclusiva com o furo alheio e nisso se esforçam em somente enxergar a si mesmos, passam superficialidade. Agridem o outro por medo de invasão do que é "delas" de merecimento, o próprio outro. Objeto de amor encarnado em posse. Há corrupção, há desordem, confusão. Cenas apocalípticas repetidas vezes entornam o caldo quente de todo dia, ou de toda hora, dependendo do dia. E dependendo da hora, o minuto ferve de razão toda memória calada pela educação. Onde estão meus amigos? Aqueles que converso com intimidade das coisas que se passam aqui dentro... Será eu o único a sentí-las? Será eu o único portador de razões tão claras, e somente claras pra mim? Educar me ensinaria a me comunicar de forma compreensiva com o mundo? Esse mundo cheio de forças de tensão, de cada vontade sobre a matéria, de cada ser desejante, de cada desejo em si. Quem passa por perto e sente a vida do outro ente querido pode dizer do que acontece nessa vida que não é a dele. E já não sendo dele, teria a imagem clara de como é sua figura e até onde ela habita. Caso habite no outro, que a compreensão adquirida na clareza da cena o indique as possibilidades do momento e não insegurança pura de não correspondência. (Há algo fora de ti que habita outros quereres, outros lugares e outros desejos. Se isso não for compreendido, creio que não poderemos nos comunicar mais, não estaremos nos entendendo ou até somente no ponto em que nos permitimos enxergar o mundo,nós mesmos no fora de si especular.) Acho que já não acredito mais nas pessoas, e há muito já não acredito em mim, não sei se tive essa oportunidade alguma vez. Só sei que o mundo tem parecido um circo e que as pessoas tem insistido em fazer graça de tudo o que há. Medo, tenho sentido medo e ódio por enquanto.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Novo

Novo, sem fim de consumo do vazio. Consumo de luz hei de criar.
Consumo e quebra do raio em feixes de luz.
Cores, para ver e distinguir a diferença das superfícies, dos materiais.
A identidade acontece quando como em um primeiro passo, há a conquista do mundo.
Novo, sem fim de consumo do vazio.
Leite, luz e pedra.
Pedras de pão de açúcar, caindo até o mar,
pedras
soltas
crostas.
Placas. Movimentam-se serenas e atritosas, corroendo as bordas onde se tocam.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Casa Nova

As coisas estão onde estão, e recomeço do zero minha morada na Terra. O que muda não é a parte de fora, não é só a velhice. O que muda é acreditar diferente, canalizar energias e edificar-se no mundo. Eu, como todo outro ser humano, tenho o direito de dizer sobre minha historia. Prefiro pensar que isso é possível um dia, às vezes. Prefiro pensar que eu, novamente no mundo, sem amarras, conseguirei voar alto, mais alto que o cume mais imponente que possa existir.
Se eu quisesse algo do mundo, pediria refúgio. Hoje já constituído, recomeço minha história, com a dor de uma carcaça já crescida, regada a dor e rancor.

Rezo aos meus poros, que respirem depois que eu partir. Pois agora, caros amigos, me resta o abrigo do abandono e o caos dos descortinados.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Recurso

Recolho-me em pensamentos e imagino uma paisagem, inalterada, com todos aqueles que fizeram presença, que me tocaram a pele, o coração e a alma.
Recolho-me de toda expectativa não realizada, penso também que ela própria tem seu lugar e espaço. penso já tranquilo que devo, somente a mim mesmo, a honra de dar cabo atudo o que minha percepção embarca, sabendo também que nem ela poderia dizer de tudo de forma correta. Mas sim seria uma forma.
As pessoas vão, e é incrível como elas também se recolhem diante da vida, dizem adeus ao corpo que as guardou aqui na Terra e se vão. Isso me faz ver como que estar vivo requer preparo e aguarda certa carga de sofrimento.
É uma nova tentativa, é uma aposta de ver além das aparências. É também meu caminho tortuado pelo olhar que não quis ter, um óculos jogado no canto da gaveta tomou proporções tão gigantescas.
São as mesmas lentes que me negaram olhar, no ponto em que não pude contar com a empatia da semelhança dos que estavam mais perto.
O que me resta sonhar agora é ainda sim uma nova empreitada. O adulto me diz da tentativa frustrada de um ideal irrealizado. Mas diz também de uma nova estrada, a possibilidade da vida sem as amarras do alheio.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Paisagem deformada

Coisas e pessoas nao estão mais em conexão comigo, como que achava que era verdade. Há coisas nao ditas que ficaram em mim e há coisas que não foram ditas por amor, por amor perdi.
E aquilo que parecia um castelo que sustentava meu corpo, pêndulo e torto,caiu despedaçado por terra, deixando ossos e sangue sem nexo, sem sentido e sem solução.
Quando era criança sonhava que um dia pudesse ser tudo aquilo que desejavam que eu fosse, mas principalmente aquilo que eu acreditava poder ser. Hoje lido com a realdade, lido com o possível e com as limitações das pessoas. E sei que tudo não passa de projeções, que tudo não passa de tentativas de se fazer um, de algo partido.
E que essa espera por ser, só acaba quando percebemos o quanto somos imbecis em esperar.
O desejo reside onde mais? O seu desejo foi pra onde? Foi junto das pessoas que te matavam enquanto tentavas fazer o bem? Ou pensavas que fazia o bem...
Quem sabe o louco sou eu que, no final das contas, acreditou?
Acredito ou não, ainda?
Pois o que agora sei? Que não são só projeções, não são somente tentativas. Que algo muito maior que sua própria cabeça faz sentido e lógica com algo muito maior do que seu próprio eu. Acalanto-me em anestesias da realidade. Isso é certo ou errado? Não, a pergunta é se faz bem ou mal. E faz tão bem... por enquanto faz ainda.
So sei agora que tudo o que se é, são bocejos da realidade e que esse rascunho só será obra prima quando lapidada por mim, naquilo que acredito ser verdadeiro. E que esse verdadeiro seja algo só meu, praqueles que realmente amo. Praqueles que tenho coração.
Algo me diz que tudo muda de acordo com o passar das coisas, do tempo e das pessoas.Em mim algo não passou. O desespero de ver tudo desmoronando e não conseguir mover uma palha. Pois...não posso, isso não depende de mim. E em mim aquilo que dependia do ouro pra ser e viver, ainda espera, pelo ideal que me matou naquilo que era mais sagrado em mim, o meu desejo verdadeiro. Uma possibilidade de ser, mais integra, mais humana, mais em Deus...
Enfim
chegando em um ponto maior do que pensava e pensar no final, isso ja não basta. Há de sentir tudo, deixar as pessoas irem e não se angustiar com o silêncio de suas vozes. Que a sua ecoe por ultimo e que algo faça sentido da sua presença na Terra.
Pode parecer clichê mas, uma breve crise existencial me pegou nesse último domingo de ferias. E como que o dever me apavora, como que as pessoas ainda sim me invadem e com que ainda sim não aprendi a permitir-me conhecer somente pessoas de coração belo,
sou cego e com isso venho padecido. Só escuto uma voz que as vezes me nega o olhar. E nem sempre ela vem do coração.
Cuidado com aqueles que sorriem demais, podem esconder algo sério por detrás.

domingo, 29 de novembro de 2009

Conversa especial.

Nunca consegui ficar muito tempo sozinho.
Daí mesmo não tendo ninguem pra sair, saia sozinho,
saia com o pessoal da musica que estudava comigo...
e quando comecei a ficar mais de boa, a sair pros lugares todos,
saia sozinho mesmo e curtia a noite como se fosse minha.
Sempre rolava algo legal,hehe,conhecia sempre pessoas diferentes pra caramba e que iluminavam meu repertório de vida.
Foi pelo afeto que isso se deu
pelo precisar mesmo...,
que me fez olhar pra mim e buscar um melhor em mim.
Não de imagem,
mas de ser.
Cada vez mais humilde...
Cada vez mais protegido...
Cada vez mais relativizado...
Depende de você,
sei que é dificil, pois sentimos às vezes que não somos amados o suficiente...
mas é aí, nesses momentos, que não estamos nos amando de fato....

domingo, 15 de novembro de 2009

Nada

Vejo um nada agora, um nada fora de mim, um nada dentro de mim.
Vejo que perdi e ganhei, mas ainda não vejo aquilo que consegui
com as coisas que abri mão,
com as pessoas que não encontrei e com aquelas que encontrei de fato.

Hoje tenho carne na mão, goteiras desangue derramando das minhas chagas.
A vida vai, pra fora do meu corpo
a vida vai pra fora de mim.

Acho que me resta estancar, recolher cada uma delas com um balde e rezar pra que um dia esse mesmo sangue volte a correr nas minhas veias.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O funeral do boneco.

Esse sol, que há em mim
reside fora do meu corpo,
e tem,
com muito esforço,
tentado voltar ao seu lugar de origem.

Há pouco pensei que poderia tudo talvez,
Há pouco pensei que poderia ser todo.
E não imaginava que alguém,
desvendaria minha alma tão pouca de passagem.

E depois, num cenário mágico,
destroçaria minha carne, dilacerando-a
em flechas de sofrimento
nos vãos de sua ausência,
em uma cama desarrumada.

Vontades, lugares, pessoas
que nunca conheceria ao teu lado.
Mas outras, melhores talvez
moram na certeza de um futuro bom pra mim
Sem o pânico de morte.

Na tentativa, na sensação de cada momento contigo e em ti,
foi viver uma morte pra mim,
foi viver meu próprio funeral,
com minha alma sem dor, sem peso, sem alegria, sem contentamento.

Vazia, despida e sem luz.
Morta e tão pouca de passagem
Se jogaria, como um suicida de um predio de oito andares.

Fostes o sepultamento dos meus sonhos
Fostes uma obra de arte que revelou meus desejos mais profundos, minhas emoções mais verdadeiras e meus projetos de vida. Não em mim, pois são adversos à minha carne.

És tu que me representas fora de mim e, mesmo assim, não és à mim como sou a mim mesmo.
Careço de notar diferenças, preciso notá-las,
pois bonecos vêm e vão, não fazem parte de mim, não penso dessa forma.
Bonecos vêm e vão, mas não compactuam com meu desejo de permanência.

Que esse último seja enterrado em mim,
pra que um dia eu possa olhar com satisfação
pra vida ja tida por mim,
e minhalma, já nesse momento,
num lugar superior e tão grande de passagem.

sábado, 20 de junho de 2009

Aconteceu, realmente aconteceu.

Vidas, fatos e fardos.
Fardos de pai, de mãe, de irmão,
de felicidade,
de ausência e
de ilusão.

Nesse período tão diferente (e diferente de tudo) , (de todos e de um todo) vejo as coisas.
As percebo parte de uma história e tão pouco minhas...
Parte de um desejo perfeito, parte de um medo de morte, parte.
Parte pra longe num adeus frio dos afazeres, na disparidade dos sonhos, no engano das palavras, no pouco e muito a oferecer.

Sou livre, sou todo, sou essa parte.

Sou preso, sou toldo e barreira.
Guardo a tempestade de tempos ainda futuros, na permanência de um zelo pelo amor em comum.
Me guardo em compartimentos de um tempo preso, na esperança de um dia ir de encontro.

Encontro com o abraço mais querido,

as mãos que me guardam em carinho,

o peito que me acolhe sem medo, sem luto, sem prisão.

Liberdade. Ah liberdade tão querida e tão faminta de espaço.

Em parte me faço no agora,
em parte me tenho.
No receio de que um dia
me parta também sua presença.

Aconteceu, realmente aconteceu.
E não quero que me reste migalhas de comida,
ou pratos a serem lavados na sua ausência. Quero ser e viver com a certeza de que existe um futuro presente, recheado de você e de mim. Quero me mostrar como sou por inteiro, em doses cavalares de amor, certeza e cuidados genuínos. Amor esse guardado e até então frustrado, que insiste em nascer de novo e participar do que é verdadeiro a cada dia que passa.

Aconteceu. Mesmo não estando preparado aconteceu. Eu, dilacerado, encontrei seu olhar.
E na sua presença, a luz da sabedoria recolocou as peças no lugar. Remontou castelos caídos e catedrais em ruínas,
pelo carinho e amor de um querer bem a mim.

Mas na tentativa de mudar aquilo que em mim ja é história, fez-se em mim algo que não me pertence. Não o faça.
Prender-me na crença do que é certo antecipa a distância, mata o respeito, fere as possibilidades.

Prefiro te olhar com olhos de piedade, saber de um passado, entender a vida e sentí-la através de seus braços. Não desejo mudar-te. Tornaria muda uma garganta, enchendo-a de câncer e órgãos que não a pertence. Quero te ver voar ao meu lado, te carregar comigo e ir com você onde a vista se perde no horizonte.
Quero ver a partir de olhos cheios de vida,
cheios de esperança,
cheios de luz.

Deus permita que os meios favoreçam o encontro dos amantes.
Pois numa caminhada de vida em mais um desencontro de corações, somaria mais uma pedra à coleção de desejos guardados e frustrados.

Olhe pra cada passo meu como aquela criança que se entrega ao abraço de uma pessoa amada. Essa criança te encontrou perdida no espaço e precisou de caminhos de pedra pra te encontrar.

Cuidado ao fazer dos teus os meus caminhos, não queira que sejam. Pois o que me faz ser teu é a diferença que nos une. É o corpo fora do teu que te abraça e as mãos alheias às suas que te sustentam e acolhem.
Olhe com calma, há algo muito especial acontecendo.
Algo que não quero que fique no passado. Pois ter a certeza de que estamos conjugando direito nossos verbos, nossos cuidados, nossa sincronia, é a maior prova de que o sentimento chega no coração do outro.

Amo, e não me perco mais. Amo certo de que a vida existe e que ela é possível.
Num econtro de fim de tarde,
numa noite mal dormida,
num jantar à luz de velas e num piano mudo de toda dor.

Recomeço a partir de mim, não de ti.

Quero colocar numa caixa todas as minhas desilusões
jogar fora o tormento de se perder. Me atiraria de corpo à essa vida que diz de amor, de carinho e liberdade. Faria o possível pra acender em você, eu como sou. Viveria esse presente como nunca e aceitaria as dádivas que os caminhos do coração nos oferece.
Esse ninho em seus braços não pode conter espinhos. Pois somente serveriam de coroa pra uma crucificação em sacrifício.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"Pessoas que se enquadram cegamente em coletividades transformam-se em algo análogo à matéria bruta e omitem-se como seres autodeterminantes. Isso combina com a disposição de tratar os outros como massa amorfa (...) As pessoas dessa índole equiparam-se de certa forma às coisas. Depois, caso o consigam, elas igualam os outros às coisas."

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Impressões desse azul de céu
nesse mar de azul de mar
nesse verde de mar de azul de mar
em um lilás de céu de mar de azul nesse céu.

Acredito que as melhores cores, as minhas que são prediletas e só minhas, estão nessas praias. Estão nas praias daqui, de dentro. De onde vem o mais belo dos belos, e de onde tiro a razão pra cada sopro. Cada batida. Cada abrir de olhos. Cada verde, cada azul, cada lilás, cada laranja, cada vermelho e cada rosa...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Veneno

Meu ódio tem estado em alta. =)
Quem sabe me cura da bobeira?
Bobeira de acrditar naquilo que não se deve acreditar ou que merece crédito.
Bobeira de não falar o que penso das pessoas.
Pode tudo, pode tudo nesse mundo sujo.
O problema é colocar a cebeça no travesseiro à noite e dormir tranquilamente.
Hellinger diz que quando um sujeito entra no sistema com finalidade de ajudá-lo sem perceber a lógica interna, há uma construção de dívida ao invés de favor. Isso ate que faz sentido quando se observa tanta agressividade e repúdio em situações de boa intenção.
Cada um em seu espaço, com suas leis e regras. Ninguém nada tem a ver com isso. Ninguém.
"O mundo parce ser feito de fortes e os espertos têm conquistado muita coisa. O que era definição de estupidez e soberba magicamente subverte-se em inteligência e caímos mais uma vez no que a imagem nos passa, e que não passa de um mero acreditar no que se é (não no que se é de fato, mas no que se acredita ser). Falta um pouco de ação no mundo praquilo que é genuíno. E talvez as pessoas têm forçado a barra demais no desejo de darem certo, suficientemente grande para passarem por cima do que é verdadeiro e fiel no outro. Há uma carnificina de interesses obsoletos e idiotas e ao final percebemos que tudo não passa de um pirulito. Um pirulito não muito grande, equecido de ser ganho na infância e que perdura ainda hoje, num movimento perverso de vida. A sociedade humana urge por destruição. Uma vez que perdemos noção do outro como teríamos noção de nós mesmos? Posso estar sendo radical mas, que o mundo acabe em barranco nessa violência desmedida, nessa falta de comprometimento com o outro e com a vida , nessa luta por imagem e por vencer e na corrida pelo querido dinheiro e imagem. Já que não tem como pedir pra descer, que exploda. Talvez na matéria inanimada encontremos harmonia e igualdade. E quem sabe talvez nossa tão esperada democracia, que tanto batalhamos por conquistar na história da humanidade e ainda sim continuamos na saga por individualismo."Fodam-se os oportunistas, falsos moralistas, mentirosos, subversivos e manipuladores. E talvez é assim que tem que ser realmente...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Coisas diferentes.

Pra dizer que estou puto com a vida não é mais o caso. Tenho percebido, acima de tudo, que grande parte dela é o que fazemos diante das opções que ela nos dá, ou até mesmo no posicionamento da escolha por não ter opções.
Quando era pequeno dizia a mim mesmo, "quando crescer quero algo muito diferente disso tudo isso" e olhando para os adultos dizia;... "eles não sabem o que fazem".
Revendo-me hoje, me percebo embutido e organizado num lugar que desejei nunca ocupar, e dividido em posições optei pela mais querida de todas, o amor. O amor que um dia deixei de viver e que, até hoje, me chama pra brincar de roda, num cirandar constante diante da vida.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Mais um?

Será que sou eu que invoco no outro a loucura? Não é possivel...

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Reinventar-se

Reinventar-me-ia na possibilidade clara de uma existência válida. Reinventaria ele próprio, esse mundo, num suspiro de desarme e numa tarde ensolarada.
Seria próximo do que fui? Daquele que pré existia esse sofrimento agudo e crônico.
Reinventar-me-ia sim...seria possível?
Prever aquilo que me machuca e eliminar os maus, escrotizados, filhos da puta e empreendedores de destruição alheia. No mais também, eles próprios do passado.
Quero o grito do futuro, ardendo em meus ouvidos. Quero a onda de paz e mudança interna. Quero mover montanhas e quero, acima de tudo, entrar em sintonia com essa minha vida, de uma vez por todas...
Quero ser pai, quero ser mãe,
quero ser mar, chão e terra,
quero ser puta, casada, desquitada,
filha da minha própria Terra e pai do que há por vir nela.
Ser o amanhã de sóis,
se pôndo num horizonte sem fim. E ser as manhãs em claro, de leitura e criação.
Deus me fez assim,
há algo de errado em mim,
pois não tenho feito berço ao meu sujeito. Não tenho feito cama à minha alma e não tenho descansado meus pesares.
-Pecado maior que esse?
-Pagar como?
-Com o corpo, disse ele próprio...
-De onde isso vem?
-De longe, de muito longe pra dentro de você.
Cavar-me-ei então, nem que seja preciso facão, estopa e serrote. Basta, do tudo e do mais um pouco.
Por agora e para sempre, basta.
Não há sofrimento maior que o de uma vida na pena, chega!
Não há sofrimento maior...
E então reinventar-me-ei em luzes. Não da cidade, mas das estrelas. Elas são mais altas.
Reinventar-me-ei sozinho, coletivo, único, isolado e sistêmico. Reinventar-me-ei sim,
e foda-se Você, seu Outro. Foda-se essa merda de inversão e muito mais, de onde Você veio.
Cabe à mim, às minhas mãos, às minhas pernas e ào meu coração decidir onde ir.
Desejo ir para além das nuvens, dos morros, das montanhas e serras. Alem dos pianos, das pessoas, dessa merdaiada de cerimônias e rituais. Nego, pra mim, toda e qualquer limitação alheia, da vontade de um outro que nada sabe de mim ou sobre a minha pessoa. Recebo sim, daqueles que me olham de fato, o carinho e acolhimento que preciso. E em troca esse amor, esse cuidade e esse zelo que me mostra pro mundo, que me faz pensar em tudo e me faz existir por mim mesmo, através do coração de um outro. Antes disso existo por mim mesmo.
Existo por mim, só.
Existo e reinvento-me conforme preciso e QUERO. Conforme sse Eu me dá asas pra voar.

domingo, 27 de abril de 2008

E aqui vamos nós novamente

Dentro de uma espera constante por mudança, na dor de um fato catastrófico, o que eu criei para mim? O que faço de verdade com meus sentimentos, afim de caminhar em sentido à uma necessária mudança ?
Acho que preciso redirecionar minhas energias...creio que é devido eu me mudar de ponto de vista um pouco. Afinal, o que me resta fazer?

segunda-feira, 17 de março de 2008

Preto e Branco

As coisas se marcam e se vão. Como folhas no chão, ao vento.
As pessoas não olham muito.
Como amigos que nos estranham,
como queridos que se apagam,
que nos apagam...
Que subvertem e esperam da vida ou de nós, posturas e reações.
Perdemos sim.
Perco sempre.
Mas ganho no coração quando me lembro dessas pessoas, que as amo ainda e que as quero bem.
Se ao menos soubessem disso, e sentissem que isso é importante...estaria mais vivo. Me preocupo em ver que as pessoas não sentem que as amo, que ainda lembro delas e que elas ainda vivem em mim.

Como se ainda estivessesm vivas ao meu lado, conversando comigo, abraçando e dizendo como a vida é necessária.

Enfim,
acho que perder faz parte da vida, e perder é saudável sim.
Enquanto o amor for um jogo de perdas, há de se sofrer por ele.
Mas nisso se conhece gente legal, gente nova e disposta sempre a viver a vida. Amigos novos renovando esses votos. Colocando a vida num lugar maravilhoso, e nos posicionando de frente pra ela...
sorrindo
sendo feliz
vivendo
e acima de tudo,
em comunhão, o que é bem mais gostoso.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Oração aos mortos.

Raiva, medo, ódio e rancor. Em dormência obviamente, não estou gritando.
Quando vier a hora do dia, hei de jogar essas coisas fora e procurar o fio de luz que guia meus olhos pro céu. Me sentirei voando então...

À noite quando voltar pra casa, quero reencontrar com meus pertences, ou pelo menos a memória de mim mesmo... num retrato memorável, ou num texto honesto de palavras, cansadas porém otimistas. Quero escutar uma música, que seja minha. E quero, no dia seguinte, acordar diferente, bem, disposto.
Quero isso pra mim, vida bela, nova, cheia de cores...
Quero as folhas no outono, o sol de verão e os banhos de chuva.
Quero que a vida seja simples, que nela eu encontre os motivos de minha existência,
de minha carne e de minha alma soberana...

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sou feliz com pouco

Como se numa chama eu me consumisse em partes iguais, de serenidade e tolerância.Como se numa chama eu me perdesse, diante de tanta confusão e criações obtusas. Emaranhado de coisas e pensamentos que talvez não levem a nada produtivo, mas que com certeza vão tirar a possibilidade da existência em equilíbrio.
Que tendência é essa de sempre estarem procurando algo para se assegurarem de si mesmos, mesmo que seja negativo pra si e pros outros?
Acho que falta muito e nisso, distanciar-me-ei desse caos. Será bom.
Me chamaram pra dança. Mas pedem que eu dance como querem que eu dance. Isso deve ser errado...!? tem que ser errado...!
Quero respirar do meu jeito,
Viver do meu jeito,
Ser feliz do meu jeito.

Hoje quero estar só.
Me bastará.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Anti efeito

Quero,
e quero ser sim, feliz.
Ninguém ouse me parar, porque agora sou eu, minha vez. Agora sou eu escalando a chance de viver...
Vez de voar, de respirar, de amar, de brilhar, de existir...como quando se é criança, despreocupada com a estupidez dos adultos, mas consciente do que é essencial.
Quero e vou,
descobrir o mundo la fora,
redescobrir meu mundo, aqui dentro...
E o mal que as pessoas fazem, ah esse mal, eu não quero pra mim.
Quero a paz de espírito. Quero gente bonita, inteligente e feliz ao meu lado. E que essa beleza aumente a cada coração contagiado por juventude.
Aos 20 e poucos anos de idade posso dizer que busco a felicidade, que quero viver e que a vida é linda como nunca foi antes. E posso agradecer aos que me devoraram, aos que me roubaram e quebraram. Aos que de mim levaram algo de sagrado, agradeço pois quem sou de fato, esse nunca morreu. E esse aprendeu a levantar como nunca o fez antes.
E ào anti-tudo, digo nada. Digo nada não em omissão, mas sim em indiferença. Ao anti-tudo olho com piedade, pois sei que é pobre aquele que amaldiçoa o outro, seu próprio filho, seu irmão, sua familia.
Agradeço aos que me fazem bem de coração, esses lembrarei pro resto da vida com calma e tranquilidade. Minha mãe verdadeira, o mar, amor incondicional. Desejo o bem sempre, sempre e sempre que me tenho em coração e mente.
Agora acho que basta, ser tudo aquilo que não sou, ser o anti, ser o avesso.
Quero e vou ser feliz. Agora essa certeza bate como uma onda bate na orla. Não tem como negar.
Acho que a excentricidade, ás vezes, pode ser a grande chave pra combater a merda alheia.
E que tanto de merda que jogam pra cima de quem não tem nada a ver...
E digo graças à sobrevivência,
graças às saídas,
àos verdadeiros anjos da guarda
e aos amigos de alma.
Palmas à comunhão,
à felicidade gratuita e à arte.
Viva a grande novela da existência. E que novela...que imensa peça que foi nos dada...
desejo uma unica coisa esperando uma resposta a altura.
"Merda"
a todos que querem bem,
a todos que são livres, que voa para a felicidade e que nao tem medo do abraço.Aos que são alegres de espirito, aos que libertam as almas e sabem a responsabilidade da troca e de viver.
E deles espero uma resposta, em fúria e em certeza. Pois sabem muito bem quem são e pra onde vão...pra vida.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Viver não dói...

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

- Carlos Drummond de Andrade -

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Tempos

Deixei passar um tempo, e há tempos não escrevo...
depois de alguns narcisos...
logo após uma série de decadências...
nasce uma paz, a coerência, certo respeito...
novos velhos, velhos novos,
imagens que fazem lembrar um passado, mas que se perdem nele próprio.
È,
me parece que o tempo é realmente um bom remédio pros males da alma, do coração.
As imagens ficam, mesmo assim.
Porém ficam elas
diferentes,
desimportantes,
difusas...

É,
e como somos diferentes...
como é diferente amar de verdade...

Vivo hoje como se fosse o momento mais importante de minha vida. E me acolho agora como nunca havia feito antes.
Por mim acima de tudo.
Por mim um tanto cansado de perder no jogo.
Acho que farei os meus próprios,
eles me bastarão, com certeza...

domingo, 11 de novembro de 2007

Almas Perfumadas

"Tem gente que tem cheiro de passarinho
quando canta.
De sol quando acorda.
De flor quando ri.
Ao lado delas, a gente se sente
no balanço de uma redeque dança gostoso numa tarde grande,
sem relógio e sem agenda.
Ao lado delas, a gente se sente
comendo pipoca na praça.
Lambuzando o queixo desorvete.
Melando os dedos com algodão doce
da cor mais doce que tem pra
escolher.
O tempo é outro.
E a vida fica com a cara que ela tem de verdade,
mas que a gente desaprende de ver.
Tem gente que tem cheiro de colo de Deus.
De banho de mar quando a água
é quente e o céu é azul.
Ao lado delas, a gente sabe
que os anjos existem e
que alguns são invisíveis.
Ao lado delas, a gente
se sente chegando em casa
e trocando o salto pelo chinelo.
Sonhando a maior tolice do mundo com o
gozo de quem não liga pra isso.
Ao lado delas, pode ser abril, mas parece
manhã de Natal do tempo em que
a gente acordava e encontrava o presente doPapai Noel.
Tem gente que tem cheiro das estrelas
que Deus acendeu no céu e daquelas
que conseguimos acender na Terra.
Ao lado delas, a gente não acha que
o amor é possível, a gente tem certeza.
Ao lado delas, a gente se sente
visitando um lugar feito de alegria.
Recebendo um buquê de carinhos.
Abraçando um filhote de urso panda.
Tocando com os olhos os olhos da paz.
Ao lado delas, saboreamos a delícia
do toque suave que sua presença soprano nosso coração.
Tem gente que tem cheiro de cafuné sem pressa.
Do brinquedo que a gente não largava.
Do acalanto que o silêncio canta.
De passeio no jardim.Ao lado delas, a gente percebe que
a sensualidade é um perfume
que vem de dentro eque a atração que realmente nos move
não passa só pelo corpo.Corre em outras veias.
Pulsa em outro lugar.
Ao lado delas, a gente lembra que no
instante em que rimos Deus está conosco,
juntinho ao nosso lado.E a gente ri grande, que nem menino arteiro."

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

"Crianças perdidas... mas que cheiro de fumaça..."

Engraçado...

Pessoas debilitadas,

engraçado isso...!

Mais engraçado ainda, ---> por elas mesmas.

hummm

Pena. Pena que não entendem um universo alheio ào seu. Algo diferente de seus umbigos.

Rs,

engraçado isso...

Não olhe pra tras, nunca...

Em ver que os pedaços se uniram à terra novamente,
não há como deslocá-los de lá,
lá de tras, da morte, do que ja se foi...

Uma foto,
um passo, um desvio de olhar, um erro...

Devo não obter-me mais disso,
Sorria, pode sorrir,
deixo-te ir embora, como uma barco de papeu n`água,
como algo que não permaneceu na realidade da vida,
como um descaso, abandono, desencontro...

Quero que sejas, não como quero...feliz no caso...
mas quero que sejas,
que sejas você, enfim. Como sempre foi,
um mito, uma lenda,
um coração bom...um sorriso...

Te tenho no vento, e me tenho em mim,
que ele denuncie a tua e a minha presença em frente à esse mar...
Tua ausencia presente, minha presença ausente...
E que nisso eu descubra o caminho que é meu,
só meu
...
e que nisso eu me tenha de fato.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Descaso

Me surpreendo com o silencio, com o vazio,
depois de tempos e declarações,
de entregas e sacrifícios,
nem um olhar mais, nem uma palavra.
Me surpreendo mas não me assusto.

Já previa que nao era uma brastemp, =) rs
acho que insisti por gostar um pouco mais do que o normal...
às vezes o genérico sai mais bonito que a doença...
e ficamos com ele sem pensar muito no resto...no que precisamos de fato.

Que venha sim o silencio, a distancia, as verdades.
O ódio encobrido do sofrimento de amar...curador das chagas interminaveis.
O amor por si mesmo, que melhor do que o ódio, vem pra preencher essa falha inicial, essa falta primeira.
E engraçado como o descaso vem as vezes pra mostrra o verdadeiro sentido das coisas e pessoas...mostra o lugar no qual elas pertencem...longe, bem longe....pelo menos por enquanto, enquanto o estranho perdurar.

sábado, 3 de novembro de 2007

Casa

Pisando em algodão,
voando em nuvens,
anjo alado me tomou em suas mãos,
me colocou pra dormir em seu braços...

Estou de volta mais vivo,
mais alegre,
mais feliz...

Colocando tudo em seu lugar,
preparando a casa para uma vida nova...abro sim a porta da frente, as janelas e as cortinas pra esse amor. Paixão pousou de novo em meu peito e as borboletas voltaram a bater asas em minha alma.

Rezo e guardo o que há de bom.
Entendo melhor as coisas.

Nada como encontrar uma luz de Deus em nossos caminhos,
a vida fica mais leve e limpa....

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Silêncio

"Esperar o tempo do outro..."
Será?
Compensa?
Vale a pena?

Viver um passado que não traz nada pro presente à não ser a falta, a saudade, a insensatez, desavenças...
Tristeza não quero mais, não a quero pra mim.
Acho que basta de rigidez, de nãos e impossibilidades...quero ser feliz.

Esperar o tempo do outro?
Enquanto esse outro esta sendo tranquilo,esbanjado, bem? Vale a pena?

Acho que gostaria de retirar-me desse lugar. Por favor...
E enquanto isso vale a pena olhar os olhos de Deus, seus presentes, seus anjos...
Ver também que muito foi deixado de lado e principalmente eu, que à frente do tempo, dos pensamentos não fui o ideal requerido...acho que nunca fui visto de fato...

Sim,
deixo pra trás essa angústia,
rezo para as mentes perdidas, e desejo o bem a quem for.
Não quero sustentar vaidades,
não quero exautar teu nome, quero livrar-me desse fardo que é o teu desejo onipotente, ele me cala.

Afasta-te de mim narciso, não o quero mais presente em minha vida. E apesar de amá-lo sei que me fazes mal. Que me leva nesse jogo de sentidos.
Não o quero mais...abro-te coração, pra vida, pra paz, pra alegria.

Posso dizer sim que sou feliz, que quero sim ser feliz, que serei feliz independente de teus olhos, de suas mãos, de seus cabelos. Que só fazem olhar a si próprio e esquecer de quem te ama.

Não desejo que morra nos espelhos d´água, pois quero teu bem. E não posso pegar-te nos braços.

Caro, meu caro,
enxergue além de si mesmo, há um mundo a ser descoberto. Há amor fora de si,

mas temo, pois todo destino é invariavelmente uma armadilha que nos define enquanto quem somos de fato. Edipo errou também. Sem saber...sem querer racionalmente...
Rezo pra que seja diferente com você.
Pra que não se afogue nessa imagem de você e nisso termine sua vida se bastando.

Uma pena seria se isso acontecesse.
E rezo,
em silêncio...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Errata

Tem um erro nesse último escrito.
Amar não é comparar,
não é jogar na cara,
não é desconsiderar o que houve...tenho respeito pelo o que passou.

O melhor é entender sim,
tratar bem,
racionalizar, separar as coisas. Dividí-las em específicos recipientes dentro da gente. Determinando o que elas são de fato para nós, na atualidade.

Rs, me intrigo com as peças desse quebra-cabeça. São lindas, e são tão minhas...
Posso movê-las quando precisar, respeitando-me no meu desejo. De vida, de morte...
Nisso me encontro, fazendo leitura de mim, delineando minha margem e desenhando as mais belas figuras. Num papel que nunca imaginei ser tão branco...que bom estar em mim.

Vida, que bela peça teatral. Nos perguntam enquanto pequenos, o que queremos ser quando crescer. Respondo enfim: - "Quero ser protagonista minha mãe..."

domingo, 28 de outubro de 2007

Novo

É, pensei não mais estar em paz comigo mesmo...
Pensei isso de fato,
mas
como tudo na vida muda, também mudou algo em mim, pra mim...
estou diferente, sou anjo de novo e pra alguém que merece esse carinho. Não tem medo de se abrir e vive o que é bom, clara, justa e honestamente.
É,
as coisas parecem encaixar-se de forma mais lúcida,
em paz, harmonia e sensações...de que tudo vai ficar bem.
Amo tudo isso.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sabor apimentado de volta

Retorno estupido ao afável. Daquilo que não se quer deixar...
Vái Maria, deixa o menino pular...!
Inconstante frequencia de amar.
Vai dona Benta, deixa a criança vivêeeer...!
E quando se pôr, o mundo vira sozinho novamnte, os quartos calados e a musica que ensurdece.
Cheiro de protetor,
sundown por favor...!
De manhâzinha a praia faz enxergar as ondas. E como se ninguém estivesse vivo, ela esta deserta... e só eu resido nela.=)
Como era bom acordar às seis, tomar café da manhâ e ser feliz no mar.
Sudade desses tempos livres...o dia era completo.
Tinha sorvete e tudo. E tinha cheiro de vó, de tia, de amigos e primos. Tudo era mais puro, menos complexo, mas singelo.
Hoje me pego sentindo as ondas me empurrarem pra cima. Alcançava uma altuuuura....=)
Virava um gigante.
E o que sou hoje?
Me perco no tempo.Será?
Nao acho que nao...
ainda sou,
de praia,
de felicidade,
de amor.
Ainda sou...existente sim.

Amor transbordado

Que alma suportaria tal engano?
De ver o erro e talvez, passar por cima?
Quero esconder minha penumbra, meus vales e minhas avenças...
Quero compartilhar essa luz, meu mar, essa lua...que tira o sono, que me faz desejar............ . .. .... . . .

Como posso respirar diante de tantos enganos?

Acho que faço demais,
acho que amo demais....

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Carregador de pianos

Retiro de mim o peso,
peso bruto,
estúpido,
brotado.
Retiro de mim o peso,
o peso, esse peso maldito, que queima os músculos de minhas costas.
Indefinido ele,
insuportável,
então,
assim,
o retiro.
Me acalmo então e retorno ao meu lugar. O que desejo de fato.

Que bom poder voar novamente...

Tentativas e erros

Não adianta, me calo por agora. Talvez tenha sido um tanto abusivo, eu não atenderia ou responderia alguem que não gostasse ou que não me sentisse bem. Acho que escolhemos nossas próprias mortes...
Olhar pra si é uma incógnita, uma forma, um gesto intencional. Dificil de ser atingido.
Não me agrado ao observar que se perdem as esperanças na dilaceração de estar no outro, enquanto o outro não quer.
As idéias subvertem-se e o mundo fica chôcho. Não há retorno libidinal, como dizem os teóricos.hehe
E como dói esse frio de ter-se silenciado por um outro sem resposta. Sem resposta sobre ti mesmo.
Não adianta reclamar, explicar, tentar colocar em palavras. Mais justo seria aceitar as condições do tempo, nossas proprias condições e se cuidar. Lembrar do que foi bom e se cuidar. Perceber a nossa história e se cuidar. Não tem como fugir disso. É a ordem necessária das coisas.
Mas no final, o que de fato acontece é que se culpam os outros por aquilo que nao se fez a principio. Fazer é de certa forma imprimir sua marca no mundo. Parar de colocar peso, talvez seja sensato no momento. Parar de sobrecarregar e de culpar, seria justo. E libertar é um caminho que cabe muito bem onde me encontro.
Preciso ser feliz, quero ser feliz.
Transparente, justo e feliz.
Engraçado, se parar pra pensar ja sou feliz de fato. O que falta é não olhar pra falta, mas sim entendê-la a aceitá-la como parte integrante do ser humano.
Como dizia o poeta...branda, clara em mim.
Latente falta que ofusca o que há de existente.
Não a permitirei ofuscar-me mais. Não mais...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Subverso

Mas que coisa,
Subeverti-me, estravazei?
Mas que coisa!
Será que escrever algo pesado solucionaria? Perpetuaria talvez essa forma, esse lugar de podridão? Talvez não....

Vamos sacudir, levantar a poeira, como diz a cultura popular...
Num país como esse, se não existir o trabalho de fazê-lo, o que volta para nós nao passa de um escanteio. E na pior das hipóteses, você em um lixão desumanizado.

Estamira que o diga...
ela própria,
fruto desse caos desrespeitoso,
bruto,
trocadilo como ela mesma diz..., se encontra devidamente posicionada num lugar de restos, sombras, podridão. E mesmo dessa forma a vida reside lá...com sua face enterrada na morte.

Subvertamo-nos! E não nos atenhamos à essa condição, escravizada... pois eles, por mais que tentem, pode até nos deixar com fome, mas não podem roubar nossa alma...

domingo, 7 de outubro de 2007

Rs

Engraçado como,
ao voltar-me
pra dentro
novamente
desse lugar,
me vejo,
talvez resignificando aquilo que era faltoso. Faltoso em mim mesmo,
talvez o que reflete isso,
eu,
isso,
adicionado novamente...

Saudade... Quando você passou não te olhei, só hoje...

Saudade D,

Que dor fria no peito, na barriga...

lembrança de um sentimento de possibilidade, de felicidade...

Ainda que no sonho, nossa, como era bom. Mas também na crueldade dos tempos, dos corações, das mentes depravadas, pervertidas e maltratadas.

Que saudade outros, que vinham sempre me trazer algo de bom. Me trazer o desvio da atenção de mim mesmo...

Que saudade,

como sinto falta desse mim perante a minha pessoa. O outro que me dizia que estou bem, que o mundo não acaba hoje ou amanhâ. E que mesmo se acabasse, teria ao menos uma mão pra segurar...

Que saudade, desse anjo...ferido e morto pela desordem, pela burrice humana e colocado de lado feito bobo da corte. No final sou eu...que me chamo, que me peço socorro, que me tomo nos braços. Eu, esse anjo caído.

É, realmente tive que olhar pra um outro, nao teve jeito. E tive que me ver de alguma forma.
Hoje tive falta de quando me senti através de ti. Um mundo de possibilidades, de auto-confiança.
Sinto sua falta , ao meu lado...mesmo que não do jeito que queria, mesmo que dormindo...
Pois era eu, você. E você, eu...

Se lembra?
Daquele sentimento de que éramos imbatíveis. Parecia perfeito nosso mundo. Até você negá-lo. Jogá-lo pra cima de mim...como toneladas de concreto que caíram sobre minhas costas. Não sei se ainda saí desses escombros...pedi que me ajudasse e você cruelmente não o fez...

Diante de tudo isso, rezo a Deus que você descubra o verdadeiro
significado das coisas, e que neles você se encontre mais livre, pra voar.
O tenho como espelho. E digo o mesmo para mim.
E que saudade... de ti, acima de tudo de mim. De mim que sem perceber muito tive a honra da minha presença fora do meu corpo. Que falta que tudo aquilo me faz, de você...do Davi...
Quem sabe numa outra vida...
Rezo pra que aconteça de fato. E que nela aconteça o que deve ser vivido realmente...
Te amo...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Brincadeira de mau gosto

Me deixam no silêncio, com uma facilidade, fútil de um tanto...
(perdoem-me o termo seguinte mas...)
Vão se fuder, quem chama e depois vira as costas.
Quem instaura o caos e depois se ausenta,
e quem diz que ama, pede pra ser feliz e depois ignora...
Controle e contra controle.Manipulação.Vontade de superioridade.Inferioridade de fato....

JOGO.

O AMOR NÃO É ISSO.

Acho que por isso sempre odiei educação física na escola.
E me subestimam tanto na minha idade.Dizem que ainda tenho de viver muito...Pobres. De alma...
Quem são eles?
Acho que a resposta justifica os meios e os fins.
Quem são eles de verdade?
O que resta sou eu. Minto, o que sempre existiu, fui eu.
Peço pra não me ligar mais, obrigado...
Contato? não por favor...
Chega de palhaçadas, chega de brincadeiras. A vida deixou de ser lúdica há anos atrás, com sentimento alheio não se joga...
Infelizes aqueles que acreditam estar nesse jogo. De basquete ainda. Regredidos à isso, instaurados pela pos modernidade,
rsrs,
maldita ela que nos impede de amar...
e como são tolos esses mortais de hoje,
acreditam na imagem.=/

Hão de morrer de câncer talvez,

e o que mais me indigna é que talvez ainda morrerão bem depois de mim...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Há...

...quem diga que sou isso, aquilo. Engraçado que antes isso me angustiava, hoje me intriga. Me irrita, perceber que poucos me conhecem de fato.
Talvez porque tenha finalmente me visto?
Talvez...
porém ao perceber que ao longo da vida fui uma criança, um adolescente e um adulto invisível, me entristeci...o mundo não pode passar sem mim dessa forma (grita esse eu recluso ha tantos anos...)
E tantos me disseram atraves de tapas, cortes, dilacerações que devia me ver por finalmentes. Os perdi todos, me perdi primeiro...porém...não havia como de uma forma ou de outra ter dado certo. Não tinha a quem investir nada, se nao era opaco suficiente pra sequer reluzir algo ou qualquer sombra que caisse sobre mim...
Tavez tenha dito algo a meu respeito sim...há tempos,
faltou-me algo alheio a mim,
algo que ninguém me concedeu.


Faltou-me ouvidos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Por que ?

Por quê não me amas? Pelo o quê não me queres?
Mas que raios, o que há de errado em mim?
O que te fez não me ligar, não me olhar, não me tocar, não me amar?
Quero me ausentar desse silêncio, que só me anula enquanto pessoa...

NAO ME DEIXES IR,
olha que me ausento...

estou indo embora...
...
estou indo...
...
embora...
...

Droga,
acho que sou eu...
acho que é você, mas eu também nisso tudo...
Eu, bobo, que me coloquei em teus braços e esperei que me carregasse.
Mas quem suportaria o peso do outro? Quem ama de fato?
É, amar não é isso...
Que pena,
precisava de um olhar de cuidado, talvez porque não o faço comigo mesmo...
Que pena,
precisava de um carinho no rosto, um abraço apetado,
mas isso não poderia fazer eu mesmo,
mas te afastei com meus reclames ... ?

Te afastei com essa fusão de imagens,
com essa vontade de estar um só,
de juntar forças pra caminhar...
Isso talvez é viver de verdade,
mas acho que te dei mais peso do que realmente suportaria,
te coloquei nos braços algo que não era seu, e o que é seu você ja não estava dando conta de carregar. Não as ações, não os empregos, as faculdades, os trabalhos, as mães, as irmâs, os cafés, qualquer outra coisa na frente...!
Mas sim o peso da sua alma, o peso da sua imagem, o peso de ser quem realmente é, dentro de si mesmo...

Era isso que o meu amor dizia pra você olhar, e amar...nada além. Meu amor dizia pra você se olhar pra dentro de si e amar o que estava lá, pois até eu já o amava, sem saber.
Nisso seríamos capazes de tudo, de todos, do mundo...
Mas não...o poder do impedimento mais uma vez regeu a vida. E nisso nos perdemos, um do outro...sem garantia de reencontro, de reapaixonamento, de reamorização...
triste,
que pelo menos reste a importância...
a relevância...
a memória...

Temos que ser fortes anjo, nessa vida temos que ser fortes...
Acho que não fui comigo mesmo o suficiente e te perdi.
Antes de ti, me perdi primeiro...
falta isso,
falta isso antes de tudo,
e falta você,
inteiro, presente, junto.

Mas se nada acontecer, que fique a importância, a relevância e a memória. De que algo precisa mudar ou ser valoriozado.
tenhamos em mente isso...pra gente, pras nossas vidas...

Abolição

Eu sei o que é isso,
e sei de onde vem.
Talvez não seja nem bom falar a respeito, mas me veio à mente algo diferente.
Ao observar-me por instante, hipoteticamente, o meu corpo a definhar e depois, sem vida, me senti em meu lugar...
Procuro-me em todos os lugares onde não estou.
Estou em todos os cantos, menos naquele do qual pertenço.
Que identidade é essa, que me faz desaparecer? Tornar-me-ei invisível dentro dos anos, das pessoas, dos lugares nos quais passei?
Gostaria de ser lembrado...de não permitir minha vida passar sem a minha presença, meu calor, minha luz.
Espelho, espelho...maldito espelho. Que se quebre, não o quero mais! Quero me olhar de corpo e alma, por mim mesmo. Maldito esse, que só diz de mim na presença de um outro... maldito espelho.
Morte, a desejo ainda. Não a quero mais. Porém a desejo ainda...
Se nesse emaranhado de fios, de espectros e figuras, a minha imagem, única, repousasse calmamente sobre o fio da vida e não o cortasse, seria gratificado de fato pela minha existência, pela vida que brota de minhas veias...
Algo a se pensar?
O que hei de fazer?
Nao sei se é bom escrever a respeito,
não sei se é perigoso materializar-me nesse texto,
mas algo de diferente existe em mim, algo de diferente me veio à mente...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Como um cão

Como tal, como um animal ele vem à mim, pegar esse resto de migalha em minhas mãos.
E como todo animal, se fez insatisfeito em sua falta ao me perceber maior que o que o oferecia.
E como aquele que tinha ao meu lado, foi-se embora ao me perceber como tal...procurando algo para minha falta, e me afastei...
Me afastei ao perceber minha fome, minha sede, essa incongruência, essa condição animalizada...
Regressei à minha condição anterior, e continuei minha caminhada pra algo maior...algo parecido com aquilo que se assemelha a mim, ao meu gostar, ao meu pensar, ao meu ver, ao meu viver.
Espelho, de algo que não sei...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Espaço Vago

Esse vão em mim,
Vão-se as cores, vazias...e o outro? Melhor... sera?
Desejo que não...
Não antes de mim, mereço isso. Mereço isso enfim....

Meeting

- Elke: Ei gatinho, não vai me dar um beijo não?
- D: =P (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Verbo

Esse verbo, mudo em meus labios...
Palavra cortada, imagem de mim. Perdida...
Onda, onda, vento, espuma....
Maresia cortando essa pele, e nada...nada alem desse oceano.
Espera ... e esse verbo que cala minha garganta?
Espera ... e esse frio que corta a pele fora?
Espera, que um dia passa. E nessa água hei de voltar a ser completo novamente...O

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Clarão no horizonte

Luz branca,
clara como pérola,
desce e vem tirar a escuridão de minha carne,
de minha alma.

Lua,
redoma de leite e vidro,
caia sobre o mar, e despeje todo esse claro...
radiante misterio da vida.

Se eu ao menos tivesse de fato os olhos dos quais pertenço,
saberia distinguir-me perante os outros...
Mas o que me resta?
Esse espelho quebrado?
Partido?

Maldita essa imagem de mim?
Maldito esse corpo em mim?
Maldito esse amor, que prega minhas mãos nessa cruz e me cega para o mundo,
me tira o sangue e me estingue o ar.

Silencio!

Acho que é tudo o que me resta no final...é o que mereço de um fato.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Afastar de corações

E a tarde cai, feito um bonde,
Cai num rio que corre, da montanha pro mar...
E que mar é esse, que imensidão é essa que me leva a sentir tanto essa perda?
Esse carrego, polarizado, calado, mudo, subvertido, pesado e quebrado. Que carga é essa? Que peso é esse que me afunda em mim mesmo?
Aquilo que nao se fala, que se cala e que se morre, aquilo que destrói a alma da esperança.
Fato, passado, reposto, mutado. Quieto, mudo, calado, exposto, cortado...
Despedaçado reencontro minha mão, meu peito, meus pés, meus cabelos, e novamente me recoloco a trabalhar nesse rejuntar de partes. Sou eu no final. Sou eu...

Um passar sem respostas

-Mim- "Eeeei, tudo bem?"

-Untitled - "Tudo bom?"

-Mim- "Tudo joia? "

-Untitled - "Belezinha? ..."

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Dia bom esse

Me faz lembrado de avós, perdidos no tempo. Num litoral sem nome e de morte traiçoeira...
O vento que me toca a pele ferozmente, talvez a unica coisa que tenha me tocado a pele em anos (luz)...
E aqui me tenho, domado e livre ao mesmo tempo. Regressando à um lugar que foi e é meu. Reconfigurando situações e posições. E que situação, meu Deus.
Entro em contato com o que é isso de fato, com o que respira e vive. Rezo e peço pra que me dêem força, que eu aguente mais um momento nesa presença desconcertante. Nessa presença da minha pessoa em mim.
O que resta?
É cuidar disso aqui...
O resto o vento leva...pra bem longe nesse mar.