segunda-feira, 23 de maio de 2011

Novo

Novo, sem fim de consumo do vazio. Consumo de luz hei de criar.
Consumo e quebra do raio em feixes de luz.
Cores, para ver e distinguir a diferença das superfícies, dos materiais.
A identidade acontece quando como em um primeiro passo, há a conquista do mundo.
Novo, sem fim de consumo do vazio.
Leite, luz e pedra.
Pedras de pão de açúcar, caindo até o mar,
pedras
soltas
crostas.
Placas. Movimentam-se serenas e atritosas, corroendo as bordas onde se tocam.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Casa Nova

As coisas estão onde estão, e recomeço do zero minha morada na Terra. O que muda não é a parte de fora, não é só a velhice. O que muda é acreditar diferente, canalizar energias e edificar-se no mundo. Eu, como todo outro ser humano, tenho o direito de dizer sobre minha historia. Prefiro pensar que isso é possível um dia, às vezes. Prefiro pensar que eu, novamente no mundo, sem amarras, conseguirei voar alto, mais alto que o cume mais imponente que possa existir.
Se eu quisesse algo do mundo, pediria refúgio. Hoje já constituído, recomeço minha história, com a dor de uma carcaça já crescida, regada a dor e rancor.

Rezo aos meus poros, que respirem depois que eu partir. Pois agora, caros amigos, me resta o abrigo do abandono e o caos dos descortinados.