terça-feira, 30 de outubro de 2007

Silêncio

"Esperar o tempo do outro..."
Será?
Compensa?
Vale a pena?

Viver um passado que não traz nada pro presente à não ser a falta, a saudade, a insensatez, desavenças...
Tristeza não quero mais, não a quero pra mim.
Acho que basta de rigidez, de nãos e impossibilidades...quero ser feliz.

Esperar o tempo do outro?
Enquanto esse outro esta sendo tranquilo,esbanjado, bem? Vale a pena?

Acho que gostaria de retirar-me desse lugar. Por favor...
E enquanto isso vale a pena olhar os olhos de Deus, seus presentes, seus anjos...
Ver também que muito foi deixado de lado e principalmente eu, que à frente do tempo, dos pensamentos não fui o ideal requerido...acho que nunca fui visto de fato...

Sim,
deixo pra trás essa angústia,
rezo para as mentes perdidas, e desejo o bem a quem for.
Não quero sustentar vaidades,
não quero exautar teu nome, quero livrar-me desse fardo que é o teu desejo onipotente, ele me cala.

Afasta-te de mim narciso, não o quero mais presente em minha vida. E apesar de amá-lo sei que me fazes mal. Que me leva nesse jogo de sentidos.
Não o quero mais...abro-te coração, pra vida, pra paz, pra alegria.

Posso dizer sim que sou feliz, que quero sim ser feliz, que serei feliz independente de teus olhos, de suas mãos, de seus cabelos. Que só fazem olhar a si próprio e esquecer de quem te ama.

Não desejo que morra nos espelhos d´água, pois quero teu bem. E não posso pegar-te nos braços.

Caro, meu caro,
enxergue além de si mesmo, há um mundo a ser descoberto. Há amor fora de si,

mas temo, pois todo destino é invariavelmente uma armadilha que nos define enquanto quem somos de fato. Edipo errou também. Sem saber...sem querer racionalmente...
Rezo pra que seja diferente com você.
Pra que não se afogue nessa imagem de você e nisso termine sua vida se bastando.

Uma pena seria se isso acontecesse.
E rezo,
em silêncio...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Errata

Tem um erro nesse último escrito.
Amar não é comparar,
não é jogar na cara,
não é desconsiderar o que houve...tenho respeito pelo o que passou.

O melhor é entender sim,
tratar bem,
racionalizar, separar as coisas. Dividí-las em específicos recipientes dentro da gente. Determinando o que elas são de fato para nós, na atualidade.

Rs, me intrigo com as peças desse quebra-cabeça. São lindas, e são tão minhas...
Posso movê-las quando precisar, respeitando-me no meu desejo. De vida, de morte...
Nisso me encontro, fazendo leitura de mim, delineando minha margem e desenhando as mais belas figuras. Num papel que nunca imaginei ser tão branco...que bom estar em mim.

Vida, que bela peça teatral. Nos perguntam enquanto pequenos, o que queremos ser quando crescer. Respondo enfim: - "Quero ser protagonista minha mãe..."

domingo, 28 de outubro de 2007

Novo

É, pensei não mais estar em paz comigo mesmo...
Pensei isso de fato,
mas
como tudo na vida muda, também mudou algo em mim, pra mim...
estou diferente, sou anjo de novo e pra alguém que merece esse carinho. Não tem medo de se abrir e vive o que é bom, clara, justa e honestamente.
É,
as coisas parecem encaixar-se de forma mais lúcida,
em paz, harmonia e sensações...de que tudo vai ficar bem.
Amo tudo isso.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Sabor apimentado de volta

Retorno estupido ao afável. Daquilo que não se quer deixar...
Vái Maria, deixa o menino pular...!
Inconstante frequencia de amar.
Vai dona Benta, deixa a criança vivêeeer...!
E quando se pôr, o mundo vira sozinho novamnte, os quartos calados e a musica que ensurdece.
Cheiro de protetor,
sundown por favor...!
De manhâzinha a praia faz enxergar as ondas. E como se ninguém estivesse vivo, ela esta deserta... e só eu resido nela.=)
Como era bom acordar às seis, tomar café da manhâ e ser feliz no mar.
Sudade desses tempos livres...o dia era completo.
Tinha sorvete e tudo. E tinha cheiro de vó, de tia, de amigos e primos. Tudo era mais puro, menos complexo, mas singelo.
Hoje me pego sentindo as ondas me empurrarem pra cima. Alcançava uma altuuuura....=)
Virava um gigante.
E o que sou hoje?
Me perco no tempo.Será?
Nao acho que nao...
ainda sou,
de praia,
de felicidade,
de amor.
Ainda sou...existente sim.

Amor transbordado

Que alma suportaria tal engano?
De ver o erro e talvez, passar por cima?
Quero esconder minha penumbra, meus vales e minhas avenças...
Quero compartilhar essa luz, meu mar, essa lua...que tira o sono, que me faz desejar............ . .. .... . . .

Como posso respirar diante de tantos enganos?

Acho que faço demais,
acho que amo demais....

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Carregador de pianos

Retiro de mim o peso,
peso bruto,
estúpido,
brotado.
Retiro de mim o peso,
o peso, esse peso maldito, que queima os músculos de minhas costas.
Indefinido ele,
insuportável,
então,
assim,
o retiro.
Me acalmo então e retorno ao meu lugar. O que desejo de fato.

Que bom poder voar novamente...

Tentativas e erros

Não adianta, me calo por agora. Talvez tenha sido um tanto abusivo, eu não atenderia ou responderia alguem que não gostasse ou que não me sentisse bem. Acho que escolhemos nossas próprias mortes...
Olhar pra si é uma incógnita, uma forma, um gesto intencional. Dificil de ser atingido.
Não me agrado ao observar que se perdem as esperanças na dilaceração de estar no outro, enquanto o outro não quer.
As idéias subvertem-se e o mundo fica chôcho. Não há retorno libidinal, como dizem os teóricos.hehe
E como dói esse frio de ter-se silenciado por um outro sem resposta. Sem resposta sobre ti mesmo.
Não adianta reclamar, explicar, tentar colocar em palavras. Mais justo seria aceitar as condições do tempo, nossas proprias condições e se cuidar. Lembrar do que foi bom e se cuidar. Perceber a nossa história e se cuidar. Não tem como fugir disso. É a ordem necessária das coisas.
Mas no final, o que de fato acontece é que se culpam os outros por aquilo que nao se fez a principio. Fazer é de certa forma imprimir sua marca no mundo. Parar de colocar peso, talvez seja sensato no momento. Parar de sobrecarregar e de culpar, seria justo. E libertar é um caminho que cabe muito bem onde me encontro.
Preciso ser feliz, quero ser feliz.
Transparente, justo e feliz.
Engraçado, se parar pra pensar ja sou feliz de fato. O que falta é não olhar pra falta, mas sim entendê-la a aceitá-la como parte integrante do ser humano.
Como dizia o poeta...branda, clara em mim.
Latente falta que ofusca o que há de existente.
Não a permitirei ofuscar-me mais. Não mais...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Subverso

Mas que coisa,
Subeverti-me, estravazei?
Mas que coisa!
Será que escrever algo pesado solucionaria? Perpetuaria talvez essa forma, esse lugar de podridão? Talvez não....

Vamos sacudir, levantar a poeira, como diz a cultura popular...
Num país como esse, se não existir o trabalho de fazê-lo, o que volta para nós nao passa de um escanteio. E na pior das hipóteses, você em um lixão desumanizado.

Estamira que o diga...
ela própria,
fruto desse caos desrespeitoso,
bruto,
trocadilo como ela mesma diz..., se encontra devidamente posicionada num lugar de restos, sombras, podridão. E mesmo dessa forma a vida reside lá...com sua face enterrada na morte.

Subvertamo-nos! E não nos atenhamos à essa condição, escravizada... pois eles, por mais que tentem, pode até nos deixar com fome, mas não podem roubar nossa alma...

domingo, 7 de outubro de 2007

Rs

Engraçado como,
ao voltar-me
pra dentro
novamente
desse lugar,
me vejo,
talvez resignificando aquilo que era faltoso. Faltoso em mim mesmo,
talvez o que reflete isso,
eu,
isso,
adicionado novamente...

Saudade... Quando você passou não te olhei, só hoje...

Saudade D,

Que dor fria no peito, na barriga...

lembrança de um sentimento de possibilidade, de felicidade...

Ainda que no sonho, nossa, como era bom. Mas também na crueldade dos tempos, dos corações, das mentes depravadas, pervertidas e maltratadas.

Que saudade outros, que vinham sempre me trazer algo de bom. Me trazer o desvio da atenção de mim mesmo...

Que saudade,

como sinto falta desse mim perante a minha pessoa. O outro que me dizia que estou bem, que o mundo não acaba hoje ou amanhâ. E que mesmo se acabasse, teria ao menos uma mão pra segurar...

Que saudade, desse anjo...ferido e morto pela desordem, pela burrice humana e colocado de lado feito bobo da corte. No final sou eu...que me chamo, que me peço socorro, que me tomo nos braços. Eu, esse anjo caído.

É, realmente tive que olhar pra um outro, nao teve jeito. E tive que me ver de alguma forma.
Hoje tive falta de quando me senti através de ti. Um mundo de possibilidades, de auto-confiança.
Sinto sua falta , ao meu lado...mesmo que não do jeito que queria, mesmo que dormindo...
Pois era eu, você. E você, eu...

Se lembra?
Daquele sentimento de que éramos imbatíveis. Parecia perfeito nosso mundo. Até você negá-lo. Jogá-lo pra cima de mim...como toneladas de concreto que caíram sobre minhas costas. Não sei se ainda saí desses escombros...pedi que me ajudasse e você cruelmente não o fez...

Diante de tudo isso, rezo a Deus que você descubra o verdadeiro
significado das coisas, e que neles você se encontre mais livre, pra voar.
O tenho como espelho. E digo o mesmo para mim.
E que saudade... de ti, acima de tudo de mim. De mim que sem perceber muito tive a honra da minha presença fora do meu corpo. Que falta que tudo aquilo me faz, de você...do Davi...
Quem sabe numa outra vida...
Rezo pra que aconteça de fato. E que nela aconteça o que deve ser vivido realmente...
Te amo...

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Brincadeira de mau gosto

Me deixam no silêncio, com uma facilidade, fútil de um tanto...
(perdoem-me o termo seguinte mas...)
Vão se fuder, quem chama e depois vira as costas.
Quem instaura o caos e depois se ausenta,
e quem diz que ama, pede pra ser feliz e depois ignora...
Controle e contra controle.Manipulação.Vontade de superioridade.Inferioridade de fato....

JOGO.

O AMOR NÃO É ISSO.

Acho que por isso sempre odiei educação física na escola.
E me subestimam tanto na minha idade.Dizem que ainda tenho de viver muito...Pobres. De alma...
Quem são eles?
Acho que a resposta justifica os meios e os fins.
Quem são eles de verdade?
O que resta sou eu. Minto, o que sempre existiu, fui eu.
Peço pra não me ligar mais, obrigado...
Contato? não por favor...
Chega de palhaçadas, chega de brincadeiras. A vida deixou de ser lúdica há anos atrás, com sentimento alheio não se joga...
Infelizes aqueles que acreditam estar nesse jogo. De basquete ainda. Regredidos à isso, instaurados pela pos modernidade,
rsrs,
maldita ela que nos impede de amar...
e como são tolos esses mortais de hoje,
acreditam na imagem.=/

Hão de morrer de câncer talvez,

e o que mais me indigna é que talvez ainda morrerão bem depois de mim...

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Há...

...quem diga que sou isso, aquilo. Engraçado que antes isso me angustiava, hoje me intriga. Me irrita, perceber que poucos me conhecem de fato.
Talvez porque tenha finalmente me visto?
Talvez...
porém ao perceber que ao longo da vida fui uma criança, um adolescente e um adulto invisível, me entristeci...o mundo não pode passar sem mim dessa forma (grita esse eu recluso ha tantos anos...)
E tantos me disseram atraves de tapas, cortes, dilacerações que devia me ver por finalmentes. Os perdi todos, me perdi primeiro...porém...não havia como de uma forma ou de outra ter dado certo. Não tinha a quem investir nada, se nao era opaco suficiente pra sequer reluzir algo ou qualquer sombra que caisse sobre mim...
Tavez tenha dito algo a meu respeito sim...há tempos,
faltou-me algo alheio a mim,
algo que ninguém me concedeu.


Faltou-me ouvidos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Por que ?

Por quê não me amas? Pelo o quê não me queres?
Mas que raios, o que há de errado em mim?
O que te fez não me ligar, não me olhar, não me tocar, não me amar?
Quero me ausentar desse silêncio, que só me anula enquanto pessoa...

NAO ME DEIXES IR,
olha que me ausento...

estou indo embora...
...
estou indo...
...
embora...
...

Droga,
acho que sou eu...
acho que é você, mas eu também nisso tudo...
Eu, bobo, que me coloquei em teus braços e esperei que me carregasse.
Mas quem suportaria o peso do outro? Quem ama de fato?
É, amar não é isso...
Que pena,
precisava de um olhar de cuidado, talvez porque não o faço comigo mesmo...
Que pena,
precisava de um carinho no rosto, um abraço apetado,
mas isso não poderia fazer eu mesmo,
mas te afastei com meus reclames ... ?

Te afastei com essa fusão de imagens,
com essa vontade de estar um só,
de juntar forças pra caminhar...
Isso talvez é viver de verdade,
mas acho que te dei mais peso do que realmente suportaria,
te coloquei nos braços algo que não era seu, e o que é seu você ja não estava dando conta de carregar. Não as ações, não os empregos, as faculdades, os trabalhos, as mães, as irmâs, os cafés, qualquer outra coisa na frente...!
Mas sim o peso da sua alma, o peso da sua imagem, o peso de ser quem realmente é, dentro de si mesmo...

Era isso que o meu amor dizia pra você olhar, e amar...nada além. Meu amor dizia pra você se olhar pra dentro de si e amar o que estava lá, pois até eu já o amava, sem saber.
Nisso seríamos capazes de tudo, de todos, do mundo...
Mas não...o poder do impedimento mais uma vez regeu a vida. E nisso nos perdemos, um do outro...sem garantia de reencontro, de reapaixonamento, de reamorização...
triste,
que pelo menos reste a importância...
a relevância...
a memória...

Temos que ser fortes anjo, nessa vida temos que ser fortes...
Acho que não fui comigo mesmo o suficiente e te perdi.
Antes de ti, me perdi primeiro...
falta isso,
falta isso antes de tudo,
e falta você,
inteiro, presente, junto.

Mas se nada acontecer, que fique a importância, a relevância e a memória. De que algo precisa mudar ou ser valoriozado.
tenhamos em mente isso...pra gente, pras nossas vidas...

Abolição

Eu sei o que é isso,
e sei de onde vem.
Talvez não seja nem bom falar a respeito, mas me veio à mente algo diferente.
Ao observar-me por instante, hipoteticamente, o meu corpo a definhar e depois, sem vida, me senti em meu lugar...
Procuro-me em todos os lugares onde não estou.
Estou em todos os cantos, menos naquele do qual pertenço.
Que identidade é essa, que me faz desaparecer? Tornar-me-ei invisível dentro dos anos, das pessoas, dos lugares nos quais passei?
Gostaria de ser lembrado...de não permitir minha vida passar sem a minha presença, meu calor, minha luz.
Espelho, espelho...maldito espelho. Que se quebre, não o quero mais! Quero me olhar de corpo e alma, por mim mesmo. Maldito esse, que só diz de mim na presença de um outro... maldito espelho.
Morte, a desejo ainda. Não a quero mais. Porém a desejo ainda...
Se nesse emaranhado de fios, de espectros e figuras, a minha imagem, única, repousasse calmamente sobre o fio da vida e não o cortasse, seria gratificado de fato pela minha existência, pela vida que brota de minhas veias...
Algo a se pensar?
O que hei de fazer?
Nao sei se é bom escrever a respeito,
não sei se é perigoso materializar-me nesse texto,
mas algo de diferente existe em mim, algo de diferente me veio à mente...