quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Como um cão

Como tal, como um animal ele vem à mim, pegar esse resto de migalha em minhas mãos.
E como todo animal, se fez insatisfeito em sua falta ao me perceber maior que o que o oferecia.
E como aquele que tinha ao meu lado, foi-se embora ao me perceber como tal...procurando algo para minha falta, e me afastei...
Me afastei ao perceber minha fome, minha sede, essa incongruência, essa condição animalizada...
Regressei à minha condição anterior, e continuei minha caminhada pra algo maior...algo parecido com aquilo que se assemelha a mim, ao meu gostar, ao meu pensar, ao meu ver, ao meu viver.
Espelho, de algo que não sei...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Espaço Vago

Esse vão em mim,
Vão-se as cores, vazias...e o outro? Melhor... sera?
Desejo que não...
Não antes de mim, mereço isso. Mereço isso enfim....

Meeting

- Elke: Ei gatinho, não vai me dar um beijo não?
- D: =P (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Verbo

Esse verbo, mudo em meus labios...
Palavra cortada, imagem de mim. Perdida...
Onda, onda, vento, espuma....
Maresia cortando essa pele, e nada...nada alem desse oceano.
Espera ... e esse verbo que cala minha garganta?
Espera ... e esse frio que corta a pele fora?
Espera, que um dia passa. E nessa água hei de voltar a ser completo novamente...O

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Clarão no horizonte

Luz branca,
clara como pérola,
desce e vem tirar a escuridão de minha carne,
de minha alma.

Lua,
redoma de leite e vidro,
caia sobre o mar, e despeje todo esse claro...
radiante misterio da vida.

Se eu ao menos tivesse de fato os olhos dos quais pertenço,
saberia distinguir-me perante os outros...
Mas o que me resta?
Esse espelho quebrado?
Partido?

Maldita essa imagem de mim?
Maldito esse corpo em mim?
Maldito esse amor, que prega minhas mãos nessa cruz e me cega para o mundo,
me tira o sangue e me estingue o ar.

Silencio!

Acho que é tudo o que me resta no final...é o que mereço de um fato.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Afastar de corações

E a tarde cai, feito um bonde,
Cai num rio que corre, da montanha pro mar...
E que mar é esse, que imensidão é essa que me leva a sentir tanto essa perda?
Esse carrego, polarizado, calado, mudo, subvertido, pesado e quebrado. Que carga é essa? Que peso é esse que me afunda em mim mesmo?
Aquilo que nao se fala, que se cala e que se morre, aquilo que destrói a alma da esperança.
Fato, passado, reposto, mutado. Quieto, mudo, calado, exposto, cortado...
Despedaçado reencontro minha mão, meu peito, meus pés, meus cabelos, e novamente me recoloco a trabalhar nesse rejuntar de partes. Sou eu no final. Sou eu...

Um passar sem respostas

-Mim- "Eeeei, tudo bem?"

-Untitled - "Tudo bom?"

-Mim- "Tudo joia? "

-Untitled - "Belezinha? ..."

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Dia bom esse

Me faz lembrado de avós, perdidos no tempo. Num litoral sem nome e de morte traiçoeira...
O vento que me toca a pele ferozmente, talvez a unica coisa que tenha me tocado a pele em anos (luz)...
E aqui me tenho, domado e livre ao mesmo tempo. Regressando à um lugar que foi e é meu. Reconfigurando situações e posições. E que situação, meu Deus.
Entro em contato com o que é isso de fato, com o que respira e vive. Rezo e peço pra que me dêem força, que eu aguente mais um momento nesa presença desconcertante. Nessa presença da minha pessoa em mim.
O que resta?
É cuidar disso aqui...
O resto o vento leva...pra bem longe nesse mar.