quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Clarão no horizonte

Luz branca,
clara como pérola,
desce e vem tirar a escuridão de minha carne,
de minha alma.

Lua,
redoma de leite e vidro,
caia sobre o mar, e despeje todo esse claro...
radiante misterio da vida.

Se eu ao menos tivesse de fato os olhos dos quais pertenço,
saberia distinguir-me perante os outros...
Mas o que me resta?
Esse espelho quebrado?
Partido?

Maldita essa imagem de mim?
Maldito esse corpo em mim?
Maldito esse amor, que prega minhas mãos nessa cruz e me cega para o mundo,
me tira o sangue e me estingue o ar.

Silencio!

Acho que é tudo o que me resta no final...é o que mereço de um fato.